Monday, May 17, 2010

Artaud


Toda vida é trágica. O é por natureza, por ter em si o germe da finitude, da corrupção substancial do que a fez vir a ser. Toda vida é movimento. E o é por pura tragédia, pois de outro modo, seria eterna, seria vista imobilizada num ato de beleza assustadora, plena e inefável.
Todo ato é uma ilusão, pois em si não existe, senão num passado ausente, que devorado pelo eterno mover-se da vida, se revela apenas naquilo que consideramos conscientemente. Não há nada na cena que não seja ato sem fim, reflexos da trágica vida em movimento. 
 

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