e o que é o amor,
senão a busca em vão
um desvio
para o mergulho sem fim
salto súbito
ato único impossível
que se sente passo a passo,
pisar no que não dá para dizer
e nunca chegar senão aonde já se está
é vôo lancinante sem rota nem destino
pura sina das horas imprecisas
duma eternidade precisa
é língua sibilando sombras nas paredes
nos quartos vazios entre serpentes
assaltando o pouso de um sono seguro
da ave em volta do ninho
que é o amor?
este gesto extraordinário
desejo puro de sentido impermeável
a toda vontade de nexo raso
Dizem os poetas que é chama ardendo,
Dizem os poetas que é chama ardendo,
que é infinito enquanto dura,
dizem filósofos que é força e atração,
ordenando o kaos...a fonte da dor,
que nunca cessa, e por isso é belo
que nos poetas é virtude,
mas é origem das batalhas,
que é inefável,
mas é paixão que desata os nós racionais.
o amor é isto que vive
isto que, sem ele, não há porque
pois é ignorar o que é a vida
mas como saber o que é o amor
se nada do que é "saber"
pode vir a ser isto que ele é?
pode vir a ser isto que ele é?
Diria Feürbach, que a razão só responde ao pensamento.
Mas e o sentimento (?), a questão primeira do ser confrontando o mistério do ser ?
Ninguém é verdadeiramente sábio...talvez,isto sim, há quem seja um simples apaixonado... pelo amor.
As Musas, se amam, amam o amor que reside naquilo que o Aedo sente, naquilo que suas palavras cantam, vivas em seu modo de pensar.
Assim eu penso.
Se ousasse tentar dizer mais, poderia parecer verso, mas já disse o Tom: "nossos
versos são banais"...Triste é o amor do amador...e nessa tradução impossível do
amor, eles, os apaixonados pelo amor, vertem obras, e encantam, como as Musas, inspiram ilusões cantadas, boleros do Jobim, lágrimas pensadas, uma a uma, numa
construção...como se fosse a última, até acabar no meio do passeio
público, atrapalhando a contramão da estupidez néscia dos homens que não amam, tampouco são amados, como se fosse lógico...como se
fossem príncipes... que imersos em seu negócios, deixam suas máquinas maquiavélica estacionadas em local proibido pelos deuses.
Se ousasse tentar dizer mais, poderia parecer verso, mas já disse o Tom: "nossos
versos são banais"...Triste é o amor do amador...e nessa tradução impossível do
amor, eles, os apaixonados pelo amor, vertem obras, e encantam, como as Musas, inspiram ilusões cantadas, boleros do Jobim, lágrimas pensadas, uma a uma, numa
construção...como se fosse a última, até acabar no meio do passeio
público, atrapalhando a contramão da estupidez néscia dos homens que não amam, tampouco são amados, como se fosse lógico...como se
fossem príncipes... que imersos em seu negócios, deixam suas máquinas maquiavélica estacionadas em local proibido pelos deuses.
Tristes e sós.
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