...em pintura, como no jazz, e como na vida do artista, é no improviso que reside o sentido e a alma de uma obra. Na pintura ele se insinua e sem menos avisar instala um caminho que cada pincelada ou traço, ou seja lá o que acontecer, irá desembocar num destino já demarcado, porém, que escapa ao conhecimento do artista. No jazz, dada a composição, seus nuances e períodos, irrompe a pura expressão de um momento sem igual, no qual o músico destila seu modo de estar naquela paisagem.E finalmente na vida do artista, o improviso é a própria vida que jamais cede ante seu sofrimento ou prazer, e ininterruptamente o provoca a ir mais longe do que poderá saber voltar, sendo este o seu destino: o de desbravar a si mesmo sem nunca poder saber se terá ou não conseguido alcançar a Obra final.
Marley, como insígnia de um desejo encantador segue aqui no traço sanguíneo que emoldura o acrílico. É a composição sobre a qual se erguerá a imagem de uma paisagem que ainda não conheço por inteira, senão em minha imaginação e vontade de ser.
Tem um painel seu na livraria da esquina, gostei do seu trabalho, entrei no seu blog pra ver melhor, mas não achei a tela, é a que tem ayahusca no pé da tela... Bela arte..abraços
ReplyDelete