Uma história luminosa. Certa vez, em 1993, uma visão se apresentou inédita para o que conhecia até então acerca da natureza, isto se deu pela generosidade de Ailton Krenak, um índio com quem conversava na ocasião. Através de sua vivência e percepção da natureza, infinitamente mais integrada que a minha, ele me desocultou o óbvio. Assim, olhando através de uma janela numa pequena casa em São Paulo, vi as árvores dançando para o Céu. |
O ELO
As dicotomias que deram aval ao massacre das populações indígenas são amplamente comentadas desde os primeiros contatos entre os povos e, em cada versão, encontramos detalhes diversos em relevo, onde em geral, a figura do branco surge sempre como uma presença inevitável à marcha natural da evolução humana. Do mesmo modo, hoje, encontramos inúmeras vozes que procuram redimir o desastre que essa “visão evolutiva inevitável” proporcionou às civilizações indígenas, encetando um relativismo que compatibiliza alternativas “evolutivas” diferentes, por assim dizer. A Dança para Segurar o Céu não surge como mais uma versão alternativa para redimir, compensar, ou ainda, “salvar o que vale a pena” do que resta das culturas dizimadas pelo progresso. Esta Dança preexiste e subsiste ao fenômeno expansionista que lançou os povos no paradigma da contemporaneidade, dir-se-ia, deste modo, que este “dançar” embala os corpos desde que eles vieram a ser o que são em sua essência e origem.
Hola, querido Mauro. Te reitero aquí mi comentario en mi blog...
ReplyDeleteEs todo un honor tu visita y todo un honor haber conmovido a otro artista.
Tengo por costumbre ilustrar o musicar mis poemas (siempre con mucho respeto, como artista que soy también)
"¿adónde?" surgió de la actitud autodestructiva del ser humano, lo que me hizo pensar en los moradores de la Atlántida, que fueron devorados por el mar a pesar de su gran inventiva.
Cuando escribí "¿adónde?", en mi retina estaba la imagen de sus grandes edificios descritos por Homero, bajo el agua, consumida entre peces y corales. Tu acuarela expresaba cláramente esa imágen; de hecho, tu acuarela fue la única imagen que me describía la Atlántida sumergida tal y como yo la imaginaba...
Muchas gracias, Mauro. Un abrazo.
Por cierto, he enlazado mi blog al tuyo. Gracias, otra vez
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