Saturday, May 30, 2009

Maraka


Se antes de dizer pudéssemo cantar...seríamos deuses.

O Rio e a Chuva



Toda história humana está contida na água. Nas profundezas se escondem nosso momento inaugural como seres vivos. Sob a visão mítica de Tales a centelha originária de tudo é a água, visão que os evolucionistas acabam por plagiar com menos imaginação e lirismo. Sendo dos quatro elementos o mais metamorfoseante e o mais profundo, é na água que reencontramos nossa capacidade de ir além dos limites fíxos, para ir de encontro à nossa emoção, e com sorte saborear o sal de alguma boa lágrima.

Thursday, May 28, 2009

Marte: arqueologia futura

Trecho do DVD - projeto em andamento - Andriole: Arqueologia do subconsciente.
O projeto conta a trajetória do artista plástico, criando uma dinâmica entre as diversas fases de criação do artista e suas relações com fatos que presenciou durante o processo criativo.

Circularidade




De quando em quando povoo este blog, que está sempre no início. Com ele inicio um trajeto circular infinito, porém, sempre inédito. De tudo aquilo que aqui está, de tudo o que digo, que mostro, salta sempre um passado vivo, pulsante, e por isso, em verdade, uma atualização que dirijo a mim. Circulo atrás de meus próprios passos e me espreito de longe. Lá dessa distância imensa, onde me mantenho sempre à frente, rumo a consecussão de meu ser, de quando em quando olho para trás...cruzo o horizonte da razoabilidade, para admitir que entre este Eu que vejo no passado e este que Sou agora, há justamente a verdade que me alimentou a trangredir
minhas angústias e minhas esperanças. É nessa região que se esconde minha vontade de vir a ser.


Oceano


O eterno retorno


Caminhos

Durante toda a vida nos movemos segundo a necessidade vital de encontrar um caminho que nos leve a saber quem na verdade somos. Disto pode se dizer que a vida nada mais é do que uma viagem rumo a nós mesmos.

Wednesday, May 13, 2009

Conhecer

Dentre as inúmeras possibilidades de conhecer as coisas, a Arte aparece como uma das mais completas e também das mais difíceis, pois ao final de uma longa experimentação, o que se revela ao entendimento é que nunca se saberá além do que nos mostra a nossa percepção, nossas sensações, sempre envoltas, necessariamente, na rede de nossas paixões. Digo paixão aqui no sentido de um desejo firme e espontâneo. Por isto, digo que conhecer é um ato de amor, que o conhecimento é o que só pode ser dito daquilo que antes em nós foi uma paixão e sendo assim, o que em verdade conhecemos durante a vida inteira, é apenas fruto do quanto somos capazes de amar as coisas.
No mais, daquilo que as conjecturas racionais edificam, observamos só os efeitos de nossa arguição, que nada mais são do que outra forma de expressar nossa capacidade de amar; nesse caso, do amor pela palavra dirigida pelo pensamento lógico e matemático. Assim, se fosse possivel elaborar uma definição do homem, poderia dizer-se que ele é um ser em permanente movimento criador, um ser que em sua trajetória pela existência percorre sempre caminhos inéditos, porém, inevitavelmente conhecidos de seu espírito, posto que em si é capaz de engendrar toda a história de sua espécie e, sobretudo, de crer naquilo que imagina ser sua origem. Se crermos numa origem divina, recairemos no Amor, explicitado pelas religiões, e se, crermos numa evolução da espécie, seremos levados a admitir que a solidariedade e amor pelas crianças foi a condição para podermos estar neste momento atual. Sempre seremos conduzidos à necessidade primeira do Amor para justificarmos a existência.Tantos são os caminhos do conhecimento, no entanto, todos resultam de uma forma de Arte, entendida aqui como o nome genérico dado a um processo contínuo de aperfeiçoamento das experiências vividas que, mais uma vez, é movido pela força primordial que a tudo impulsiona: o Amor.