Espaço reflexivo, multidisciplinar, multiétnico e pluridimensional... adentra o terreno da Metafísica pelas vias subjetivas da Arte, trazendo de lá,do inefável sentido do ser, a busca por sua realização: Ser além de si mesmo, e permanecer inalterado, imutável e pleno. Bem vindo ao tempo sem unidade e ao espaço sem extensão! Saudações!
Monday, October 23, 2006
UKA UKA
Seres da Floresta
A diversidade é a maior riqueza concebível e também a maior evidência de que tudo corresponde ao desejo de criar novos aspectos, novas faces da Criação em seu ato criador. Todos temos o direito a participar desta riqueza, de a nosso modo, segundo nossas características, contribuir para que os recursos naturais sejam preservados e todos os seres vivos encontrem meios de vida e expressão.
O pescador
O pescador sai em busca de si. Em seu caminho encontra a iamgem de um peixe que sobe aos céus e se ilumina como fogo. Agil, o pescador lança sua rede e carrega o peixe para junto de si. Ao tocá-lo percebe que já não é mais quem pesca mas é a própria vontade de ser peixe. Voltando para perto dos seus, este pescador agora tem o dom de oferecer tudo o que sua família precisa para poder viver bem. A natureza o convida a fartar-se em tudo o que cresce e floresce em seu solo.
ps: antes de abrigar o prédio da Assembléia Legislativa o local era visitado pelos povos indígenas pois ali havia um lago piscoso.
O Pescador - alumínio fundido, 3m de altura por 80cm de diâmetro. Obra escultórica feita pelo artista em 2000, atualmente pertencente ao acervo do Governo do Estado de São Paulo
A arte da própria imagem
Equação Yanomami
Ñandévas - A Origem da origem do mundo
Monday, October 16, 2006
Homem mortal imortal Deus
Um novo milênio se abriu diante dos homens, mas as profundas transformações que ele trouxe à luz, aparecem apenas como bruma à maioria. Porém o espírito do tempo é inexorável e já submete a humanidade a um novo paradigma, e evoca a necessidade de um outro olhar, agora sistêmico sobre si mesma, um fator que recai de modo incondicional sobre todos os povos da Terra. Cada qual manifestando um projeto próprio para engajar-se numa unidade indissolúvel. A ciência nos diz que já não somos regidos unicamente pela lógica cartesiana e há mais dúvidas do que certezas quanto ao que é o ser ou não ser.
Imaginário
Assim, este mundo imagético permanece de um modo geral, oculto em velhos manuscritos, porém vem emergindo aqui e acolá em espaços diversos, sobretudo em sites relacionados com o esoterismo. Sobre isto, este interesse que se renova aos poucos e que assume inúmeras variantes, discutirá bem mais adiante.
Antes de pensarmos no contexto em que estas imagens reaparecem em nossos dias, consentiremos que este vasto repertório artístico criado diretamente por alquimistas artistas ou artistas alquimistas, constituído de um sem número de gravuras, pinturas, relevos e esculturas repletos de figuras, regem nossa compreensão do mundo e de nós mesmos. Este fato levou o poeta inglês Willian Blake (1757-1827) a dizer: “todas as coisas que acontecem na Terra se refletem ai [nas obras de arte].”
Podemos afirmar que isto é uma verdade pois nosso imaginário responde a estímulos que se originaram em tempos remotos. Nosso modo de ser, de acreditar, de desejar, de amar e de temer é fruto de um condicionamento cultural, filosófico, político e religioso. Desta maneira, mesmo considerando todas as transformações ocorridas ao longo dos tempos, nos levando a crer na diferença que temos dos nossos ancestrais, em verdade, elas residem no que é aparente, no que reveste as ações e os objetos, porém, pensadas em sua profundidade e em sua essência, nossa forma de ver e imaginar o mundo já estava presente nos gregos – e estes, por sua vez, encontrarão nos egípcios uma forte de influência. Sobre este legado originado no Egito Antigo a alquimia e as artes conhecerão um florescimento no pensamento grego, através destes homens que edificaram um modo peculiar de pensar e fundaram a racionalidade. Porém, a rigor, o Homem ainda ama a liberdade, teme a morte, imagina outros mundos, regiões transcendentais, crê na busca pela felicidade, na salvação, e educa seus filhos segundo aquilo que entende ser o Bem. Nada disso era totalmente diferente à época do deus Thot ou mais tarde de Heráclito de Éfeso.
É verdade que há mudanças significativas, que muito se esclareceu sobre os organismos vivos, sobre as estruturas físicas da matéria, e principalmente sobre os direitos humanos, se bem que poderíamos discutir isto à parte. Portanto, admitimos que somos diferentes de algum modo, isto é inegável, mas, nada disso exclui de nossa mente as impressões que os alquimistas e artistas captaram em suas obras. E é neste imaginário que ainda vivemos em nossas profundezas. Permanecemos imersos neste mundo arquetípico. Na época moderna foi Carl Jung, o grande psicanalista discípulo de Freud, investigando o inconsciente, quem relatou a semelhança entre os sonhos de seus pacientes e a simbologia encontrada nas imagens de obras alquímicas.
É neste contexto que iremos abordar e pensar este enigmático mundo imagético e suas conjecturas sobre a natureza humana. E o faremos sem perder de vista que estas imagens, além de conterem toda uma filosofia, são obras de arte, são também gravuras, pinturas, relevos e esculturas, e nesse sentido, são realizações de artistas empenhados em transformar a matéria em vista de fabricar óleos, ácidos, gomas e pigmentos, fundir metais e colorir vidros e cerâmicas.
A distinção entre estes dois personagens desaparece quando entendidos como investigadores do material que manuseavam, quando refletiam sobre problemas de ordem prática em seus laboratórios e ateliers, e principalmente quando pensavam acerca da representação de um ideal supremo, filosofando a questão da imortalidade da Alma.